Tirando Dúvidas
Pergunta:
POR QUE A IGREJA É CONTRA O USO DE CÉLULAS-TRONCO?
Cristina Furtado Arruda – Piracicaba
Nas últimas décadas, as ciências médicas, nos seus mais variados ramos, tiveram um grande avanço na descoberta da cura e na prevenção de inúmeras doenças.
Dentre essas fantásticas descobertas, encontra-se a questão das células-tronco, muitas vezes apresentada, pelos meios de comunicação social, como o fim dos males do organismo humano.
Mas o que são as células-tronco?
São células que têm a capacidade de se transformar em células de qualquer tecido do nosso organismo, ou seja, célula da pele, muscular, nervosa, etc.
Muitos não conseguem entender a posição da Igreja em relação ao uso das células-tronco, já que essas células são capazes de promover um grande benefício.
Primeiramente, é preciso entender que existem dois tipos de células-tronco: as células-tronco embrionárias (CTE), presentes num embrião nos seus primeiros dias, também chamadas totipotentes, devido à sua capacidade de se auto-renovar e se diferenciar nas células dos 256 tecidos do organismo humano, e as célulastronco
adultas (CTA), que são indiferentes e também podem ser encontradas após o nascimento, por exemplo, no cordão umbilical, na medula óssea, na pele e em outros tecidos.
As pesquisas realizadas com as células-tronco mostram que sua função no embrião é a de formar o organismo e no adulto repor as células mortas.
A Igreja tem acompanhado com muita atenção tais avanços científicos e não tem medido esforços para reafirmar sua postura em defesa da vida, desde o seu nascimento até o seu declínio natural, haja vistas as Campanhas da Fraternidade, de maneira especial a deste ano, que tem como tema “Fraternidade e defesa da vida” e como lema “Escolhe, pois, a vida!” (Dt 30,19)
Em relação às células-tronco, a Igreja tem se posicionado contra o uso de células embrionárias, visto que, com o processo de obtenção de tais células, o embrião é destruído. Tem-se aí um grande problema ético: será que para salvar vidas é permitido eliminar vidas? Onde está o valor inalienável da vida de qualquer ser humano?
Para os defensores do uso das células-tronco embrionárias, o embrião não é um ser humano, é apenas um aglomerado de células e tecidos do qual vai originar um ser humano. Então nos perguntamos: quando começa a vida? Nós católicos entendemos que a vida começa na concepção, lá já se tem um ser humano em potencial, e que por isso deve ser respeitado em seus direitos. Podemos entender que a posição contrária da Igreja ao uso das células-tronco embrionárias está na obtenção dessas células que exige o sacrifício de inocentes. Quanto às células-tronco adultas, o caminho de obtenção é outro e evita certamente o embate ético.
O que a Igreja deseja não é impedir os avanços científicos, mas lembrar a toda a sociedade que as ciências devem continuar seus progressos, porém sem descuidarse
das questões éticas, se não tais avanços serão somente aparentes, escondendo um retrocesso humanitário, que serviria os interesses políticos e econômicos de alguns poucos.
fonte: http://www.diocesedepiracicaba.org.br/Imagens/emfocomar08p06.pdf
A tentativa de usar células-tronco sacrificando embriões produziu sinistro efeito numa criança, informou a revista médica PLoS Medicine. A identidade da criança, obviamente não foi divulgada. Os perigos são notórios para os cientistas, mas a propaganda faz acreditar que esse monstruoso procedimento é uma panacéia.
Os pais do menino caíram na sedução da propaganda. Eles aprovaram que um hospital de Moscou injetasse células-tronco embrionárias no cérebro e no fluido da espinha dorsal da criança que sofria de uma rara doença: a ataxia telangiectasia, ou A-T. Degeneration.
As células-tronco embrionárias provinham de diferentes embriões sacrificados. Quatro anos depois médicos do Centro Médico Sheba, em Tel Aviv, constataram na criança múltiplos tumores e retiraram dois [foto]. Estavam nos mesmos lugares onde haviam sido ministradas as injeções de células-tronco. O DNA dos tumores pertencia a pelos menos duas pessoas diferentes, inclusive de uma mulher, sugerindo que provinham das células-tronco embrionárias inoculadas.
O uso destas células é intrinsecamente imoral, pois importa em sacrificar vidas humanas. Além do mais, o método acarreta muitos riscos, é tecnicamente superado e ficou dispensável. Hoje pode se obter células-tronco a partir de células adultas, com a vantagem extra de não apresentarem os riscos grotescos do uso de células-tronco embrionárias.
A revista Public Library of Science Medicine descreveu o assustador resultado como alerta para médicos e pacientes. Porém, logo depois, o presidente Obama liberou verbas federais para essa perigosa e amoral tecnologia, sendo muito aplaudido pela imprensa esquerdista e sensacionalista.
Um obscuro desígnio ‒ medularmente ateu, aliás ‒, subjaz na tentativa de canibalizar embriões como se fossem máquinas em desuso.
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